quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tatuagem


A primeira vez que eu fiz uma tatuagem eu tinha 19 anos. Fiz as iniciais de minha mãe e meu sobrinho em chinês. Pq na época, tatuagem tinha que significar alguma coisa. Eu sei que eu queria fazer uma, então procurei algo que fosse importante pra mim e fiz. Mas com o tempo a tatuagem deixou de ser algo importante e passou a ser “figurino”. Sim, é hipocrisia de quem disser que não pensa no estilo na hora de fazer uma tatuagem. Você tem que pensar nas roupas que vai vestir, em que ocasiões ela vai aparecer e se vai ficar legal naquele lugar. E foi pensando assim que fiz minha segunda tatuagem atrás da orelha. Na época eu era professora de ballet e estava achando o máximo fazer o coque (penteado de bailarina) e aparecer minha nova tattoo atrás da orelha. Um charme. Mas aí quando comecei a conhecer tatuadores e ler, ver mais sobre tatuagem, aprendi que era muito mais que figurino e símbolos significativos. Era uma arte. Um pintor especial. E muito mais difícil diga-se de passagem. Pq no lugar dos leves pincéis, eles usam uma máquina pesada e que treme pra dali sair uma verdadeira obra de arte. E no lugar de uma tela plana e parada, existem corpos humanos “fofos” e que se mexem. E daí resolvi fazer uma arte. Mas quanto mais detalhes, mais iria demorar e mais iria doer. Então simplifiquei a figura do girassol que tenho nas costas, mas fiz. E ficou lindíssima. Os detalhes do miolo…as sombras…
E hoje em dia, a tattoo é uma junção de tudo isso: significado, estilo e arte. É também uma maneira de mostrar pro mundo que faço parte da minoria. Embora hoje em dia digamos que a maioria das pessoas da minha idade tenham pelo menos uma tatuagem. E os idosos do futuro, todos terão tatuagens em suas pelancas. Rs…
Esse trevo de três folhas é minha mais nova arte. Foi difícil escolher o lugar pq além de eu já estar na minha décima primeira tatuagem e não ter mais muitos lugares disponíveis, o lugar que escolhi era muito visível. Apesar da quantidade, todas as minhas tattoos são discretas. E fazer no braço seria uma prova de muita atitude da minha parte. Tive medo confesso. Medo do que os outros iriam pensar; medo do que minha mãe iria falar; medo de me arrepender. Mas colocando de lados todos os medos, me sentia feliz pq acho linda uma tatuagem bem pequena como a minha num braço fino feminino e melhor ainda, me sentiria diferente. E me sentir diferente é uma filosofia que eu encontrei pra “protestar” contra o senso comum. Mas é claro, jamais me encheria de piercings ou faria algo que me tornasse exclusa do resto da sociedade. Acho exagero das pessoas que se transformam completamente. Até pq eu preciso conviver bem com todos e não quero jamais chocar as pessoas com minha aparência. Quero apenas ser diferente da maioria. Não de todos. E essa singela tatuagem conseguiu expressar exatamente a minha necessidade de me diferenciar da maioria. Posso esconde-la se quiser. Embora não seja essa minha intenção. Até pq no meio em que eu trabalho isso é completamente normal. Não cai de pára-quedas no curso de comunicação. Acho que fui atraída mesmo pela lei da atracão…onde todas as pessoas são no mínimo parecidas. Com valores em comum e diferentes da maioria da sociedade. E baseado em todos esses valores e convicções, fiz. Nem pensei muito nos medos. Na hora de tomar coragem não podemos levar o medo em consideração. Temos que pensar em como nos sentiríamos se o medo não existisse. Se as outras pessoas não fossem nos julgar. No que de fato gostamos. E pensando assim eu fiz. Pq EU gosto. Pq eu devo ser fiel a MIM mesma. E não ao que os outros pensam…afinal, o corpo é meu. É o único “bem” que eu tenho e que só eu sou responsável. E só eu posso decidir o que fazer com ele. E digo: embora passe pela minha cabeça quando alguém olhar, um pouco de “medo” do que os outros vão pensar, respiro fundo e levanto a cabeça pq sei o que significa pra mim. É muito mais do que um estilo, um significado ou uma arte. São valores pessoais que estão em jogo. E esses, devem ser sempre fieis a nós mesmos.
O trevo é de três folhas pra demonstrar que não acreditamos em sorte (eu e meu amigo Hélio que fizemos igual) e sim em DEUS. Entenderam a mensagem? É um trevo comum, de três folhas. Não é pra dar sorte. Muito pelo contrário. É exatamente pra demonstrar que não precisamos de sorte. E um trevo pq é uma planta. E nós amamos a natureza. Esse é o nosso significado.

Como eh ruim ficar sem net…muitas saudades dos papos no msn…todas as pessoas que falam comigo, sabem quem são..nao quero citar nomes pq posso esquecer de alguém e isso seria injusto…entao, todas aquelas pessoas que resenham comigo no msn, quero que saibam que vcs fazem muita falta na minha vida. Sim, na minha vida. Eh incrível como eu sempre me sinto melhor depois de falar com vcs…eh uma amizade sincera..... não conhecemos os defeitos um do outro, porém nos amamos pelo que sabemos e respeitamos o que está fora do nosso campo de visão. Acreditem, que as vezes confio mais em vocês do que em pessoas que convivem diariamente comigo. Não que não sejam dignas de confiança…mas me sinto mais a vontade com vcs… vcs sabem quase todos os meus segredos…e eu o de vcs…muito obrigada pelo carinho de vcs!! Amo vcs!!

Bjs Boo!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nadando contra a corrente só pra exercitar...



Ok, eu sou do contra. Quem me conhece sabe. Odeio o que tá na moda e o que todo mundo usa. Se todo mundo faz, então faço exatamente o contrário. É porque eu odeio ser igual a todo mundo. Odeio senso comum.
Primeiro porque a maioria das pessoas tem ideias pré-estabelecidas pela sociedade, cultura e meio onde vivem. A maioria das pessoas fazem as coisas só pq “é normal” e todo mundo faz. Só porque aprenderam assim. Parecem até que têm preguiça de pensar.
Sim, existem muitas coisas que aprendemos enquanto crescemos que são sim verdades e devemos sim respeitar a sociedade. Afinal, não vivemos no mundo sozinhos e temos sim que aprender a ter uma boa convivência com as pessoas a nossa volta. Mas assim como muitos foram pra forca porque disseram que o mundo era redondo quando acreditava-se que o mundo era quadrado, existem muitas filosofias e ensinamentos que são julgados errados ou mentira pela sociedade e apenas uma minoria acredita “na verdade”. Um exemplo disso é a reencarnação. Todo mundo que não acredita, mas lê sobre o assunto acha que a explicação faz total sentido. Mas só pq não é comprovado pela ciência (há controvérsias!), então dizem não acreditarem. Mesmo sendo a explicação totalmente convincente, pessoas do senso comum preferem dizer que não acreditam. Não acham uma explicação melhor para explicar o por quê da vida, mas só porque todomundodizquenão, essas pessoas dizem também. Isso é irritante. Eu sou completamente ao contrario. Só pq todo mundo diz que não, eu já acredito. Depois analiso, procuro sobre o assunto, leio..e tiro minhas próprias conclusões. Mas só pelo fato de saber que algo é aceito por todo mundo, já crio resistência. Pra mim, a minoria vale mais. Pq eu sei que a maioria das pessoas tem preguiça de pensar e preferem acreditar no que todo mundo diz, pq assim se isentam da responsabilidade de errarem. Caso não seja como elas aceitaram, pelo menos foi “todo mundo” que disse e não elas…assim é realmente mais fácil viver. Porem, medíocre. E a mediocridade pra mim é a maior burrice do ser humano.
E por falar em modinha, agora todo mundo pinta as unhas de colorido. Eu sempre pintei minhas unhas com as cores mais malucas e diferente possíveis. Só pq todo mundo usava renda eu me recusava a fazer o mesmo. E metia amarelos, azuis e verdes. Todas as minhas amigas lembraram de mim quando viram essa modinha nova. Rs…mas agora vou lançar outra: cor de bufa. Só vou pintar minha unha agora cor de bufa. Cor de bufa é aquela cor que não parece com nada. Cor da pele, bege, bufa mesmo. Já até comprei um esmalte pq ele vai ser meu único e fiel escudeiro.
Ando fazendo tudo o que todo mundo NÃO FAZ. E assim vou seguindo a vida…
Agora vou colocar três frases que me inspiraram pra falar sobre isso…foi lendo-as que comecei a meditar sobre o assunto e cheguei a essas conclusões:


Quando todos pensam o mesmo, ninguém está pensando. (Walter Lippmann)

Não tento dançar melhor do que ninguém. Tento apenas dançar melhor do que eu mesmo. (Mikhail Baryshnikov)

No final, é importante lembrar que não podemos nos tornar o que devemos ser se continuarmos sendo o que somos. (Max de Pree)

Fica aí pra vocês refletirem…vamos fazer a diferença pq tudo igual cansa!

See ya!

P.S:: Continuo sem net..


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Tratamento Espiritual



Estou fazendo terapia em grupo. É assim:
No centro espírita que eu frequento, chamado Cidade da Luz, aqui em Salvador, existe um tratamento espiritual chamado “Tratamento Fraterno”. A pessoa faz uma entrevista com uma colaboradora do centro (que é voluntária) e conta seus problemas. Pode ser qualquer coisa: dor de amor falta de dinheiro, doença grave ou não…qualquer coisa que aflija a pessoa. Eu falei sobre a minha crise existencial.
Aí a colaboradora transcreve o que você fala e depois passa o papel pro médium responsável que no caso é José Medrado, dirigente do centro e este passa para Dr. Bezerra de Menezes (espírito de luz) que junto aos seus mentores espirituais, tentam te ajudar. Aí na semana seguinte, você pega o resultado. Algumas pessoas são indicadas para tomar passes, outras cirurgia espiritual, outras desobssessão e outras para terapia em grupo. Que foi o meu caso.
Antes de explicar como é a terapia, vou explicar o propósito desse tratamento e como funciona:
Cada ser humano possui um ou mais mentores espirituais. O famoso “anjo de guarda”. Acho que pelo menos nisso todo mundo acredita né? Rs…então…mas nos ensinamentos espíritas, aprendemos que nossos guias nos ajudam sim, mas acima de tudo temos o nosso livre-arbítrio e somos livres pra fazer nossas escolhas. E nossos “anjos” não podem interferir na nossa vida a ponto de mudarem o que nós mesmos escolhermos. Eles nos sugerem e nos iluminam. Mas a decisão final é nossa. E alem de tudo, na nossa santa ignorância, nos afastamos de nossos guias, impedindo que eles nos dêm conselhos. Como? Com sentimentos negativos de raiva, rancor, coléra e todos os sentimentos inferiores dos seres humanos. Quando nos fechamos nesses sentimentos, nossos guias tentam se aproximar, mas não conseguem. Aí você pode perguntar: - Mas eles não são superiores? Não tem poderes? Sim. Mas como eu disse antes, acima de tudo está o nosso livre-arbítrio e se escolhemos sentir essas coisas, eles não podem fazer nada. Aí você pode dizer: “Eu não escolho sentir raiva..ela simplesmente aparece por alguma causa.” Ok. Mas a escolha de alimentá-la ou matá-la é nossa. E basta escolhermos eliminá-la pra nossos guias colarem na gente e nos ajudarem a sair dessa. Como uma pequena chama de uma vela é capaz de iluminar um quarto escuro. É assim também nosso desejo de vencer qualquer que seja o sentimento. Nossa Fé! Por isso Jesus disse: “orai e vigiai”.
Isso acontece no nosso dia-a-dia. Mas a partir do momento em que buscamos a ajuda espiritual, vamos até o centro espírita em busca do tratamento, nossos guias nos ajudam em dobro. É como se déssemos permissão a eles para “se meterem” literalmente, em nossas vidas. Somos nós que vamos lá atrás deles…isso é uma prova de que admitimos humildemente que precisamos de ajuda. Afinal de contas, são eles (nossos guias) que sabem mais do que nós mesmos o que é melhor pra gente. Eles tem uma visão lá do outro lado do teatro da vida que nós não temos. E o melhor disso tudo é que simples passes mudam completamente a nossa vida. É incrível. Toda vez que eu to com qualquer probleminha, vou lá e tudo muda, tudo melhora. Milagre após milagre acontece. E todas as pessoas que vão dizem a mesma coisa. Inclusive doenças graves que são curadas pelos espíritos. E tudo isso de graça. Se forem em algum centro e alguém cobrar alguma coisa, saia correndo. A verdadeira caridade é gratuita. E as pessoas que estão lá como voluntárias, estão por CARIDADE.
Bem, o meu resultado saiu uma terapia em grupo. Acompanhada por dois psicólogos voluntários. Psicólogos espíritas é claro. O que ajuda ainda mais a sintonia com nossos guias. E aí as pessoas que nunca se viram na vida, contam suas aflições umas pras outras e aconselham. É incrível como todo mundo tem a resposta na ponta da língua pro problema do outro. Mas o nosso é sempre maior. É claro, pq só quem sente sabe. Tem gente enfrentando separação; traição; depressão…nossa…me senti até uma menina mimada falando merda. Eu lá no meio de um monte de gente que tem problema de verdade. Isso é bom pra vermos o quanto somos abençoados e reclamamos por besteira. Embora a minha queixa tenha sido uma confusão de valores e deve sim ser relevante, afinal é a partir do que acreditamos que fazemos nossas escolhas.
Mas eu to adorando ouvir os outros. Percebi o quanto eu tenho dificuldade de falar o que eu sinto. Como eh fácil escrever!! Rs…mas falar…mopai…eh difícil demaisss….e ver um monte de gente estranha ouvindo a sua vida entao…mas o mais engraçado disso tudo é que todas as 7 pessoas que estão no grupo, tem algo em comum. Conscidencia?
Bem, quem so acredita no que ver deveria procurar um centro quando estivesse com problemas. Acho que todo centro faz esse tipo de tratamento…
Bem, eu resolvi falar isso, pq eh tão bom, me faz tão bem que acho que devo divulgar isso pras pessoas próximas de mim….claro que respeito quem não acredita…mas tbm sei que não acredita pq não foi…hehehe quem foi, acredita.
Entao quando estiverem desesperados e tristes sem saber o que fazer..se lembrem disso..nao custa tentar..repito: EH DE GRAÇAAAAA!!! Rs…

Bjs

P.S.: Desculpa o sumisso..to na maior correria…e sem net pra variar!!
P.S.2: Procurem no Google sobre o Dr. Bezerra de Menezes!